A Seleção Argentina está vivendo o seu melhor momento nos últimos anos e é uma das grandes favoritas a conquistar o título da Copa do Catar em 2022. Em 2021, a Argentina conquistou o título da Copa América, derrotando o Brasil em pleno Maracanã. Já neste ano, os argentinos foram campeões da Finalíssima, derrotando a Itália por 3 a 0 na grande final. Mas e o cenário mundial, a Argentina tem quantas Copas do Mundo?
Por mais que tenha um dos maiores jogadores da história do futebol em seu elenco, Lionel Messi, a Argentina não vence a Copa do Mundo há algumas décadas. Antes de Messi, o grande craque da Seleção Argentina era Diego Maradona, que para muitos argentinos foi até melhor que Pelé.
Você sabe quantas Copas do Mundo a Argentina tem? Confira a seguir.
1978
Antes de saber quantas Copas do Mundo a Argentina tem, é importante conhece mais sobre a história do torneio. Sabia que a Argentina foi finalista da primeira edição da Copa do Mundo, em 1930? No caso, a Seleção Argentina foi derrotada pelo Uruguai, que venceu a grande final por 4 a 2. Vale lembrar que a Seleção Uruguaia disputou a competição jogando em casa.
Depois do vice-campeonato em 1930, a Seleção Argentina só voltou a disputar uma final de Copa do Mundo em 1978. Por muito tempo, os brasileiros tiveram uma grande brecha para tirar sarro dos hermanos dizendo “quantas Copas do Mundo tem a Argentina?“. Lembrando que o Brasil já era tricampeão do mundo em 1978. Essa edição do torneio foi disputada na Argentina, fazendo com que a conquista do título por parte dos “hermanos” fosse ainda mais especial para o país.
Em toda a história da Copa do Mundo, apenas seis seleções conseguiram conquistar o título jogando em casa:
- Uruguai em 1930;
- Itália em 1934;
- Inglaterra em 1966;
- Alemanha em 1974;
- Argentina em 1978;
- França em 1998;
A Copa de 1978 contou com 16 participantes. Na primeira fase, a Seleção Argentina garantiu sua classificação após ter ficado em segundo lugar no Grupo 1. No caso, o primeiro colocado do grupo foi a Itália. O Grupo 1 ainda contava com França e Hungria.
Nessa época, como não havia 32 seleções, o formato da Copa do Mundo era um pouco diferente. O primeiro e segundo colocados de cada grupo avançam para a segunda fase, onde são montados dois grupos com quatro seleções cada. No caso, a Seleção Argentina disputou o Grupo B, que também contava com o Brasil, Polônia e Peru.
A Seleção Brasileira quase conseguiu garantir uma vaga na final, mas viu a Argentina se classificar em primeiro lugar no grupo. Ambas conquistaram cinco pontos em três jogos, porém a Argentina teve um saldo de gols maior. No confronto direto entre elas, houve um empate em 0 a 0.
Na grande final da Copa do Mundo de 1978, a Argentina enfrentou a Seleção Holandesa. Na década de 1970, a Holanda vivia o seu auge no futebol com Johan Cruyff e companhia. Infelizmente, o craque holandês não participou da Copa de 1978, algo que fez a Seleção Holandesa sentir a falta do atacante.
Após um empate em 1 a 1 no tempo normal, a Seleção Argentina marcou outros dois gols e conquistou o título da Copa do Mundo de 1978. A vitória de 3 a 1 em casa era tudo o que o povo argentino precisava para voltar a se sentir feliz, já que o país vivia uma ditadura militar na época.
O grande nome da final foi Mario Kempes. Além de ter sido eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1978, o argentino foi quem marcou os dois gols na prorrogação que deram o título à Seleção Argentina. Inclusive, ele também foi o artilheiro da competição, com seis gols marcados.
1986
A Copa de 1978 foi a única conquista da Seleção Argentina? Quantos títulos a Argentina tem na Copa do Mundo? Oito anos após conquistar o primeiro título de Copa do Mundo, a Seleção Argentina voltou a ser campeã, dessa vez longe de seu país. A Copa do Mundo de 1986 foi disputada no México e contou com 24 países participantes. O formato era diferente da Copa de 1978. Nesse caso, eram três seleções que se classificavam por grupo, não apenas duas.
A Argentina terminou a fase de grupos em primeiro lugar no Grupo A, que contava com Itália, Bulgária e Coreia do Sul. Os argentinos garantiram a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo invictamente, com duas vitórias e um empate.
Como dissemos anteriormente, o grande craque da Argentina antes de Lionel Messi surgiu era Diego Maradona. Na Copa de 1968, ele marcou cinco gols, sendo quatro deles na fase eliminatória. Ele foi eleito o melhor jogador da competição, muito pelo que fez nas quartas de final e semifinal do torneio.
O caminho da Seleção Argentina até a grande final contou com Uruguai nas oitavas de final, Inglaterra nas quartas de final e Bélgica na semifinal. A Argentina venceu os três jogos por 1 a 0, 2 a 1 e 2 a 0, respectivamente. Nesses dois últimos, foi Maradona quem se destacou dos demais.
Nas quartas de final, a Copa do Mundo de 1986 teve Argentina e Inglaterra disputando uma vaga na semifinal do torneio. Esse jogo era muito importante pelo contexto histórico dos países. Muito disso se deve a Guerra das Malvinas, um conflito armado entre Inglaterra e Argentina que aconteceu em 1982. Cerca de 650 soldados argentinos foram mortos no confronto.
No entanto, não podemos nos esquecer da Copa do Mundo de 1966, onde essa rixa começou de fato. A Inglaterra foi campeã naquela edição e, para isso, precisou enfrentar a Seleção Argentina nas quartas de final. Essa partida foi marcada por muitas entradas violentas e expulsão de um jogador argentino, Antonio Rattín.
Inconformado com a expulsão, o jogador não queria sair de campo até que algum tradutor estivesse presente para traduzir as palavras do árbitro alemão, Rudolf Kreitlein. Logo depois, quando finalmente decidiu sair do gramado, Antonio Rattín zombou da bandeira inglesa da bandeira de escanteio e ainda tirou onda ao ficar sentado no tapete vermelho destinado à Rainha Elizabeth II.
Nas quartas de final de 1986, o grande nome foi Diego Maradona, que além de comandar a vitória argentina sobre a Inglaterra por 2 a 1, protagonizou dois dos momentos mais emblemáticos da história das Copas do Mundo. Provavelmente, já ouviu falar nesses momentos.
O primeiro deles ficou conhecido como La Mano de Dios (A Mão de Deus), já que Maradona marcou um gol de mão. Com isso, a Argentina fez o 1 a 0. Já o segundo momento ficou conhecido como o Gol do Século. No caso, Diego Maradona pegou a bola antes da linha do meio-campo e driblou seis jogadores ingleses, inclusive o goleiro, até marcar o gol. Inclusive, esse gol foi eleito como o mais bonito da história do torneio.
Após ser o nome responsável por eliminar a Inglaterra, Diego Maradona marcou dois gols contra a Bélgica na semifinal, garantindo a Seleção Argentina na final da Copa do Mundo de 1986. Disputada no Estádio Azteca, em 29 de junho, a partida contou com mais de 110 mil pessoas presentes.
A final foi disputada entre a Argentina e a Alemanha Ocidental. Uma grande curiosidade sobre esse jogo envolve a arbitragem. No caso, quem apitou o jogo foi um juiz braisleiro, Romualdo Arppi Filho. Nesse jogo, Diego Maradona não apareceu marcando gols, mas foi essencial para o título da Argentina.
A partida terminou em vitória da Seleção Argentina por 3 a 2. O jogo começou com um 2 a 0 no placar para a Argentina. Entretanto, a Alemanha Ocidental reagiu e empatou, faltando apenas 10 minutos para o fim do jogo. Pouco tempo após o empate alemão, a estrela de Diego Maradona brilhou.
O craque argentino foi fortemente marcado durante os 90 minutos da partida. O meio-campista alemão Lothar Matthäus, vencedor da Bola de Ouro de 1990, ficou responsável por marcá-lo. Apesar da forte marcação, Diego Maradona conseguiu encontrar um espaço entre os alemães e deu um belo passe para Burruchaga, que conduziu a bola desde o meio-campo até a área adversária para marcar o gol do título da Argentina.
Quatro anos após a Seleção Argentina ser campeã do mundo, os países voltaram a se enfrentar na final da Copa do Mundo de 1990. No entanto, quem se deu melhor dessa vez foi a Seleção Alemã, que venceu o jogo por 1 a 0 com um gol de pênalti aos 85 minutos. Esse pênalti gerou muita polêmica, porque o juiz assinalou uma falta na área que não existiu.
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